Dados do Trabalho

Título

TRANSPLANTE HEPATICO EM PACIENTE COM AGENESIA DE VEIA CAVA: RELATO DE CASO

Introdução

Agenesia de veia cava inferior (VCI) é uma má formação anatômica rara, geralmente assintomática, sendo diagnosticada incidentalmente em exames de imagem. Esta anomalia implica em alterações cirúrgicas importantes, inclusive no transplante, necessitando de modificações no planejamento e na técnica cirúrgica a fim de evitar lesões iatrogênicas.

Relato do Caso

Paciente masculino, 53 anos, diagnóstico de cirrose de etiologia alcoólica, submetido a transplante hepatico em julho de 2022. Tomografia computadorizada pré operatória demonstrou ausência de veia cava retro-hepatica e abdominal, constatando-se drenagem de veias hepáticas diretamente para o átrio direito e sistema de drenagem ázigo e hemi ázigos calibrosos e dominantes. Durante o intra operatório, realizado clampeamento das veias hepáticas, com posterior secção, realizado o implante ortotópico do fígado anastomosando a veia cava do enxerto no tronco das veias hepáticas média e esquerda, rafia do orifício da veia hepática direita, seguindo com as anastomoses padrões término - terminais da veia porta, da artéria hepática e da via biliar.
Após um ano do procedimento, paciente segue no serviço em acompanhamento pós transplante, mantendo bioquímica hepática dentro da normalidade.

Resultados

Agenesia de veia cava inferior não contraindica o transplante hepático.

Discussão e Conclusões

A agenesia da veia cava inferior pode ser totalmente assintomática. Sendo assim, torna-se essencial o rastreio pré operatório com exames de imagem para identificação de anomalias vasculares. Com o diagnóstico, algumas mudanças na técnica cirúrgica podem ser realizadas para uma melhor adaptação a cada caso. Entretanto, essas anomalias não contra-indicam o transplante hepático.

Palavras Chave

Agenesia, veia cava inferior, transplante hepático.

Área

FÍGADO – Técnica cirúrgica