Dados do Trabalho

Título

RELAÇAO ENTRE DIABETES MELLITUS E PROGNOSTICO DA COVID-19 EM PACIENTES TRANSPLANTADOS RENAIS: ANALISE COMPARATIVA ENTRE A PRIMEIRA E A SEGUNDA ONDA DE CONTAGIO

Introdução

Pacientes receptores de transplante renal[RTRs]têm risco elevado de desenvolvimento da forma grave da COVID-19 devido à imunossupressão crônica e presença das inúmeras comorbidades associadas. Assim, diabetes mellitus [DM] representa um fator de risco importante para maior morbimortalidade neste cenário. Objetivos:Avaliar se os RTRs com DM, contaminados na 2ªonda da pandemia apresentam piores desfechos quando comparados aos infectados na 1ªonda.

Material e Método

Análise retrospectiva de 674RTRs acompanhados no HRIM-SP, que foram diagnosticados com COVID-19 por RT-PCR do swab nasofaríngeo. Dados da 1ªonda:RTRs infectados de março a setembro de 2020(n=300);2ª onda(n=374) dezembro de 2020 a março de 2021.Realizada regressão logística uni– e multivariada e valores para P<0,05 foram considerados significantes.

Resultados

69% homens(vs 57% na 1ª onda), 70% brancos(vs 61%), média de idade de 53,8±12,2anos(vs52,5±12,2), dos quais 39% com DM(vs39%), 80% hipertensão[HAS](vs75%), 2%cardiopatia(vs11%), 1%neoplasia atual ou pregressa(vs7%), 1%pneumopatia(vs3%), 25%tabagistas(vs21%), 40%sobrepeso(vs40%) e 28%obesidade(vs22%). Pacientes com DM:70% necessitaram de oxigênio [O2] suplementar(vs62%), 61%foram admitidos em unidade de terapia intensiva [UTI](vs55%), 43%necessitaram de ventilação mecânica invasiva [VMI](vs44%), 59%apresentaram disfunção aguda do enxerto[DAE](vs63%), 31%necessitaram de diálise(vs44%) e 59%foram à óbito(vs39%). DM foi significativamente associada com óbito(OR=2,19), UTI(OR=1,62), VMI(OR=1,55)e HD(OR=1,90).

Discussão e Conclusões

DM foi associado com piores desfechos, como óbito, UTI,VMI e HD, ainda, os RTRs infectados na 2ªonda forma mais a óbito, necessitaram mais de UTI e O2 suplementar quando comparados aos RTRs infectados na 1ªonda.

Palavras Chave

covid-19, diabetes mellitus, transplante renal