Dados do Trabalho

Título

MICROANGIOPATIA TROMBOTICA POS-TRANSPLANTE RENAL: RELATO DE CASO

Introdução

As microangiopatias trombóticas (MATs) são um grupo de doenças raras caracterizadas por anemia, trombocitopenia e lesão de órgão. São mais comuns após transplante renal.³ Sua etiopatogenia envolve injúria endotelial por imunossupressores, infecções, rejeição aguda de enxerto, mutações de proteínas reguladoras do complemento e deficiência da enzima ADAMTS13.³

Relato do Caso

Masculino, 45 anos, DM1, HAS, dislipidemia, retinopatia diabética e DRC dialítica secundária a nefropatia diabética. Realizava três sessões de diálise semanais, ingressou na fila de transplante renal devido a DRC. Em maio de 2023, internou para transplante renal. Iniciou imunossupressão com timoglobulina, azatioprina e tacrolimus. Após cirurgia apresentou boa diurese, mas precisou de diálise. Evoluiu com escórias renais e oligúria, sendo realizada pulsoterapia com metilprednisolona por três dias. Realizada biópsia renal e troca de tacrolimus por sirolimus, visando diminuição de nefrotoxicidade. Biópsia confirmou MAT, aventando hipótese de rejeição do enxerto, sem descartar Síndrome Hemolítica Urêmica (SHU) atípica e dando entrada para aquisição de eculizumab. No dia 29 de maio, recebeu alta com orientação para hemodiálise.

Resultados

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Discussão e Conclusões

As MATs causam trombose microvascular oclusiva e são caracterizadas por anemia hemolítica microangiopática, trombocitopenia e isquemia renal.¹ As apresentações clássicas pós-transplante são a SHU e a púrpura trombocitopênica trombótica.² A SHU atípica se manifesta com a tríade clássica de MAT.² O diagnóstico é feito por alterações clínicas hematológicas e histopatológicas.² 4 A terapia inclui plasmaférese e Eculizumab.4 O manejo rápido é essencial para a sobrevida do paciente e para evitar a disfunção do enxerto, visto a alta mortalidade morbidade.

Palavras Chave

microangiopatia trombótica; transplante renal; complicações; nefropatia diabética