Dados do Trabalho

Título

ANALISE DE MORTALIDADE EM LISTA DE TRANSPLANTE HEPATICO: ERA MELD X ERA MELD-NA

Introdução

O processo de alocação de órgãos para transplante é complexo, e baseia-se nos princípios filosóficos de justiça distributiva e utilitarismo. Em 2006, o Brasil passou a adotar o escore MELD para ordenar os receptores em lista de espera para transplante hepático. No entanto, alguns pacientes podem não ter sua gravidade avaliada com correta acurácia por este método. Considerando-se que a hiponatremia constitui importante marcador de prognóstico sombrio nos doentes que aguardam pelo transplante, além de estar associada ao aumento da mortalidade em pessoas com cirrose avançada e hipertensão portal, desde 09 de Agosto de 2019 passou-se a incorporar o Meld-Na para alocação de pacientes em lista, a fim de tentar priorizar pacientes mais graves.

Material e Método

Avaliar o impacto da nova política de alocação em relação à mortalidade na lista de espera e mortalidade pós transplante hepático. Realizada análise retrospectiva de dados em prontuário e sistema de transplante. Os pacientes foram divididos naqueles inscritos em lista desde o início do programa que foi em Janeiro de 2012 até 08/08/19 (grupo era MELD) e de 09/08/19 até 03/07/23 (grupo era MELD-Na). O desfecho primário foi a mortalidade na lista de espera.

Resultados

Foram listados 656 pacientes na era MELD, tendo sido transplantados 485 pacientes no período. Na era MELD-Na, foram listados 460 pacientes e transplantados 405 pacientes. A mortalidade em lista na era MELD foi 13,4% e na era MELD-Na foi 10.4%.

Discussão e Conclusões

Sistemas de alocação de pacientes em lista de transplante devem ser implementados a fim de tentar priorizar potenciais receptores mais graves. Isto pode gerar impacto na mortalidade pós transplante.

Palavras Chave

Lista, transplante, mortalidade