Dados do Trabalho

Título

SINDROME COMPARTIMENTAL ABDOMINAL: RESULTADOS DO TRANSPLANTE HEPATICO EM UM CENTRO UNICO

Introdução

Pacientes com doença hepática policística (DHP) e hemagioma hepático gigante (HH) podem cursar com hipertensão abdominal e compressão de órgãos adjacentes devido ao fígado de elevadas dimensões. Nos casos de acometimento de todo parênquima hepático, o transplante de fígado é indicado. Apesar de se tratarem de doenças benignas, a hepatectomia total pode ser desafiadora devido ao tamanho do fígado nativo. O objetivo deste trabalho é analisar os resultados do transplante hepático em pacientes com situação especial por síndrome compartimental abdominal.

Material e Método

Estudo retrospectivo de pacientes portadores de DPH e HH que foram submetidos a transplante hepático entre 2002 e março de 2023 em um único centro.

Resultados

Nesse período, foram realizados 1985 transplantes, dos quais 18 foram por DPH e 1 por HH. Cinco pacientes realizavam diálise antes do transplante. Cinco pacientes foram submetidos a transplante duplo fígado-rim, dois realizaram o transplante hepático e renal em momentos distintos e os demais realizaram transplante de fígado isoladamente. Nos últimos 5 anos, 11 casos foram transplantados utilizando-se a técnica de piggyback iniciando-se pela esquerda, em que há uma menor repercussão hemodinâmica e o menor risco de torção da veia cava durante a hepatectomia. Houve 4 casos de óbito no pós-operatório recente, em pacientes que apresentavam cirurgias prévias ou infecção dos cistos e drenagens dos mesmos.

Discussão e Conclusões

DHP e HH são causas raras de transplante hepático. A hepatectomia total pode ser difícil tecnicamente, sendo a técnica de Piggyback pela esquerda um artifício útil. A infecção e manipulação prévia dos cistos é associada a maior morbidade pós-operatória.

Palavras Chave

Transplante de Fígado; Doença Hepática Policística; Hemangioma Hepático Gigante; Piggyback; Síndrome Compartimental Abdominal