Dados do Trabalho

Título

INFECÇAO PELO NOVO CORONAVIRUS (COVID-19) EM PACIENTES NO POS-TRANSPLANTE RENAL

Introdução

A pandemia do coronavírus trouxe uma preocupação maior para pacientes transplantados, visto que a imunossupressão os torna mais susceptíveis à infecção e morbimortalidade.

Material e Método

Estudo descritivo, observacional e transversal, com 54 receptores de transplante renal, com diagnóstico de Covid-19 confirmado. A coleta foi realizada durante um ano, através da entrevista e dados de prontuários, no Ambulatório de Transplante Renal de um Hospital referência em Fortaleza-CE. Foi realizada análise descritiva e inferencial, mediante o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 20.0.

Resultados

Os sintomas mais prevalentes foram: dispneia (n= 30; 70%), febre (26; 60%) e tosse seca (n=21; 49%). O local de seguimento terapêutico principal foi o próprio domicílio (n= 17; 31,5%), seguido por internação em enfermaria (16; 29,6%) e cuidados intensivos (n= 14; 29,5%). O número de óbitos foi bastante alto, com uma frequência de mais da metade dos participantes da pesquisa (31; 57,4%). A terapia anti-SARS-CoV-2 adotada teve associação com o histórico de comorbidades prévias, com antecedentes familiares, com o uso de imunossupressores e com desfecho clínico. O local de seguimento terapêutico teve associação com as comorbidades, imunossupressores, apresentação clínica e fatores de risco. O desfecho clínico esteve associado com as comorbidades, presença de fatores de risco e tipo de seguimento terapêutico (p< 0,005).

Discussão e Conclusões

Pode-se inferir que pacientes com infecção por SARS-CoV-2 submetidos ao transplante renal possuem maior possibilidade de evoluir de forma negativa, apresentando quadro mais grave e desfecho desfavorável. Diante disso, a internação torna-se necessária e o tratamento mais rigoroso é recomendado, principalmente aos pacientes que apresentam também outras comorbidades associadas.

Palavras Chave

Transplante renal; Infecção; Covid-19.