Dados do Trabalho

Título

FEBRE DEVIDO AO USO DE EVEROLIMUS: UM RELATO DE CASO

Introdução

O transplante hepático (TH) é uma opção de tratamento para muitos pacientes. Os avanços nas técnicas cirúrgicas e drogas imunossupressoras resultou em melhor sobrevida. A partir de 1980, iniciou-se a era imunossupressora moderna, com a introdução dos inibidores de calcineurina (CNI), e mais recentemente os inibidores mTOR – Everolimus (EVL). Esta última classe, apesar de boa tolerabilidade, apresenta efeitos colaterais previstos em bula.

Relato do Caso

Paciente sexo masculino, 48 anos, portador de Vitiligo, HAS, Colangite Esclerosante Primária e Retocolite Ulcerativa, submetido a TH de doador cadáver devido complicações decorrentes à cirrose hepática (colangite de repetição e prurido intratável). No pós-operatório apresentou trombose tardia da artéria hepática, sendo indicado novo TH. Após a segunda cirurgia, iniciado imunossupressão com tacrolimus 3 mg/dia e everolimus 2 mg/dia, por alteração renal. Após 3 anos, apresentou febre diária persistente. Realizada investigação infecciosa e neoplásica ampla sem achados relevantes. Optado por suspender EVL com melhora da febre.

Resultados

O paciente apresentou melhora da febre após suspensão do EVL.

Discussão e Conclusões

A terapia imunossupressora com EVL após TH em geral é segura. As razões mais comuns para a falha do tratamento com EVL são as reações adversas, em que a gravidade geralmente é proporcional ao nível sérico da medicação. Relatamos um caso raro de febre persistente durante uso da medicação, mesmo em vigência de baixa dosagem, sendo um caso pouco descrito na literatura.

Palavras Chave

adverse events; everolimus; liver transplantation