Dados do Trabalho


Título

TRANSPLANTE RENAL PEDIATRICO: RESULTADOS COM DOADORES MENORES E ACIMA DE 6 ANOS.

Introdução

A insuficiência renal para transplante renal pediátrico (TRP) acarreta a necessidade de utilizar doadores de baixo peso e idade, apesar da apreensão. O objetivo deste estudo foi analisar os resultados do TRP de doador falecido pediátrico no primeiro ano após o procedimento, estratificado por idade do doador.

Material e Método

Coorte retrospectiva de TRP realizada entre janeiro de 2013 e janeiro de 2018, em um hospital de referência no Sul do Brasil. Os doadores foram divididos em grupo 1 (≤ 6 anos) e grupo 2 (>6 anos); a análise dos resultados foi realizada no mesmo período.

Resultados

Houve 143 TRP; 51 (35,66%) no grupo 1; e 92 (64,34%) no grupo 2. Em ambos os grupos houve 17 perdas de enxerto (11,8%), sendo a principal causa a trombose vascular (grupo 1: 5; grupo 2: 4). Dentre as complicações, a estenose da artéria renal (EAR) com indicação de angioplastia e colocação de stent foi mais frequente no grupo 1 (7,8%; grupo 2: 2,2%). A sobrevida em 1 ano de Receptores de Transplante Renal (RTR) e enxertos não apresentou diferença significativa entre os grupos (p=0,95). Entretanto, a análise da Taxa de Filtração Glomerular (TFG) foi maior no grupo 2, atingindo, no 12º mês, 79,3 ml/min/1,73m2, contra 69,7 ml/min/1,73m2 no grupo 1 (p= 0,033).

Discussão e Conclusões

Pequenos doadores podem ser considerados para TRP, desde que haja uma equipe especializada para realizar o transplante.

Palavras Chave

Transplante Renal; Pediatria; Pequeno doador.

Área

PEDIATRIA

Instituições

Santa Casa de Misericordia de Porto Alegre / Hospital da Crianca Santo Antonio - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

SIMONE LYSAKOWSKI, CLOTILDE DRUCK GARCIA, ROBERTA WEISHEIMER ROHDE, SANTO PASCUAL VITOLA, FABIAN SILVA PIRES, VANDREA CARLA DE SOUZA, PEDRO ENRICO VENTURA, ROGER KIST