Dados do Trabalho

Título

POLIOMAVIRUS EM TRANSPLANTE RENAL: ANALISE DE CINCO CASOS EM UNICO CENTRO TRANSPLANTADOR DO ESTADO DA PARAIBA, BRASIL.

Introdução

O Poliomavírus acomete de 1% a 10% de pacientes transplantados de rim e a nefropatia resultante pode levar a perda do enxerto na ordem de 50% dos casos. Objetivo: Analisar um conjunto de casos de reativação do Poliomavírus em um único centro de transplantes no estado da Paraíba, Brasil.

Material e Método

Análise retrospectiva em 132 transplantados de rim, de julho de 2017 a maio de 2023. Foram coletadas informações das variáveis: quantidade de infectados pelo Poliomavírus, diagnóstico, sexo, idade, tempo de transplante, tipo do doador e esquema de imunossupressão.

Resultados

Seis pacientes apresentaram disfunção do enxerto e foram diagnosticados com Poliomavírus (4,54%), através Reação de Cadeia da Polimerase Quantitativa (qPCR) no plasma para BKV. Cinco confirmados com biópsia do enxerto. Sexo masculino (100%). Média de idade 41,6 anos (28-51). Tempo médio de transplante 18,16 meses (4-32). Doador falecidos (100%). Imunossupressão: 05 tacrolimo/prednisona/rapamicina e 01 tacrolimo/prednisona/micofenolato de sódio. 01 perdeu o enxerto (16,66%), 04 (66,6%%) seguem estáveis quanto a função renal e um faleceu com enxerto funcionante, acometido de COVID-19, sete meses após o diagnóstico de Poliomavírus.

Discussão e Conclusões

Apesar da indisponibilidade de tratamento antiviral específico, o manejo da imunossupressão utilizado em todos os casos, preservou o enxerto na maioria deles. Os autores concluem que o diagnóstico precoce com métodos invasivos e PCR no plasma e o manejo da imunossupressão, contribuíram com a preservação da maioria dos enxertos no primeiro ano.

Palavras Chave

Transplante de rim; Polyomavirus; Terapia de Imunossupressão.