Dados do Trabalho

Título

TRANSPLANTE RENAL E AS COMPLICAÇOES CLINICAS PRECOCES. ESTUDO COORTE PROSPECTIVO DE UM CENTRO NO SUL DO BRASIL

Introdução

O transplante renal (TR) é o mais realizado no mundo dentre os órgãos sólidos. É realizado em pacientes com múltiplas comorbidades, sendo o período perioperatório desafiador. O Objetivo do estudo é avaliar qual a incidência e as causas de complicações clínicas nos primeiros 30 dias após o TR em um hospital terciário.

Material e Método

Estudo de coorte prospectivo em uma amostra de 230 pacientes adultos que realizaram TR entre setembro de 2020 e março de 2022.

Resultados

Dos 230 pacientes, 135 eram homens e 57 portadores de diabetes. A média de idade foi 49.212.7 anos. 96.5% dos transplantes foram de doador falecido com uma média de índice de risco do doador de 37.1±27.4. Indução foi utilizada em 222 pacientes, sendo Timoglobulina em 47.4%. A complicação clínica mais frequente foi a necessidade de hemodiálise (57.8%), por retardo da função renal ou por urgência, como hipercalemia ou congestão. Seguida de infecção (21.7%), maioria bacteriana e de localização no trato urinário (n=22). Onze (4.7%) participantes tiveram infecção viral por COVID-19. Complicações clínicas vasculares, como infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral, ocorreram em 7 e 2 participantes, respectivamente. Rejeição renal aguda foi evidenciada em 11 dos participantes. A taxa de óbito em 30 dias foi de 1.7% (3 pacientes por causas cardiovasculares e 1 por hemorragia). O tempo mediano de internação foi de 16.3±7.8 dias.

Discussão e Conclusões

O estudo demostrou que a maioria dos participantes têm mais de 49 anos, e um quarto tinha diabetes, o que propicia o aumento do risco de infecção, maior chance de má cicatrização e risco cardiovascular elevado. O retardo de função do enxerto e a infecção bacteriana foram as complicações clínicas mais comuns no primeiro mês após transplante.

Palavras Chave

Transplante renal; pós-operatório; complicações clínicas; morbimortalidade