Dados do Trabalho

Título

TRANSPLANTE RENAL E AS COMPLICAÇOES POS-OPERATORIAS PRECOCES. INDICE DE COMORBIDADE CONSEGUE PREVER COMPLICAÇOES GRAVES? ESTUDO COORTE PROSPECTIVO DE UM CENTRO NO SUL DO BRASIL

Introdução

O transplante renal (TR) é o mais realizado no mundo dentre os órgãos sólidos. É realizado em pacientes com múltiplas comorbidades, sendo o período perioperatório desafiador; portanto, o índice de comorbidade de Charlson (CCI) foi criado como preditor de morbimortalidade, podendo ser associado à classificação de Clavien-Dindo (CD) para prever complicações no pós-operatório. O objetivo do estudo é avaliar se o CCI está associado a complicações graves pela classificação de CD no pós-operatório de TR em um hospital terciário.

Material e Método

Estudo de coorte prospectivo em uma amostra de 230 pacientes adultos que realizaram TR entre setembro de 2020 e março de 2022.

Resultados

Dos 230 pacientes,135 eram homens, 57 eram diabéticos, 39 tinham doenças vasculares e 5 tinham insuficiência cardíaca congestiva (ICC). A média de idade foi 49.212.7 anos. Diabetes foi a doença de base em 20,9%. A pontuação média do CCI foi 3,651,5. Pela classificação de CD maioria dos participantes obteve pontuação 2 (n=169, 73,5%), a qual não é indicativo de complicação grave. A razão de chances para complicações graves do CCI foi de 1,17 (p=0,41) e da ICC foi de 4,16 (p=0,01). A taxa de óbito em 30 dias foi de 1.7% (3 pacientes por causas cardiovasculares e 1 por hemorragia).

Discussão e Conclusões

O CCI não foi associado ao risco de complicações graves, avaliadas pela classificação de CD, a qual classifica de 1-5, sendo grave acima ou igual a 3B. No entanto, a insuficiência cardíaca pré-transplante foi a única comorbidade associada a complicação grave após o transplante.

Palavras Chave

Transplante renal; complicações precoces; índice de comorbidade de Charlson; classificação de Clavien-Dindo