Dados do Trabalho

Título

COMPARATIVO DA TAXA DE AUTORIZAÇAO FAMILIAR ENTRE DOADORES DE CORAÇAO PARADO E DE MORTE ENCEFALICA

Introdução

Dentre as atribuições da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), está a criação de rotinas para oferecer aos familiares de pacientes falecidos por Morte Encefálica (ME) ou por Parada Cardiorrespiratória (PCR) a possibilidade da doação de órgãos e tecidos para transplante. A autorização familiar é soberana para a efetivação da doação no Brasil.

Material e Método

Trata-se de um estudo qualiquantitativo, por meio da análise dos relatórios mensais produzidos em 2022 pela CIHDOTT de um hospital terciário de referência no atendimento traumatológico no Norte-Nordeste, para comparar as taxas de autorização familiar entre doadores com diagnóstico de ME e PCR.

Resultados

Foram notificados 878 óbitos por PCR, sendo 198 aptos para entrevista. Destes, 141 (71%) tiveram consentimento familiar para doação. Quanto aos óbitos por ME, foram notificados 198, realizadas 161 entrevistas e 120 (75%) autorizações. Dentre as causas de negativa familiar dos óbitos por PCR, destacam-se: desejo do corpo íntegro do falecido (22 - 39%) e indecisão familiar (17 - 30%). Em relação à ME, as causas mais frequentes de negativa familiar encontradas foram: desejo do corpo íntegro (12 - 29%) e opinião em vida do falecido ser contrária à doação (9 - 22%), seguido de indecisão familiar (8 - 19%). Houve uma diferença de 4% entre a autorização familiar dos doadores em ME e dos doadores em PCR, contradizendo o fato de que as dúvidas em relação ao diagnóstico de ME é uma dificuldade para o consentimento familiar à doação.

Discussão e Conclusões

Este estudo nos proporcionou subsídios para elaborar estratégias que possam aumentar o número de doações efetivas na instituição.

Palavras Chave

Doação de órgãos; morte encefálica; família