Dados do Trabalho

Título

ANALISE DO APROVEITAMENTO DE ORGAOS CAPTADOS NOS PACIENTES PEDIATRICOS DE UMA ORGANIZAÇAO DE PROCURA DE ORGAOS (OPO) DO RIO GRANDE DO SUL

Introdução

Cada doador falecido pode doar 6 órgãos para transplante, mas na prática esses números estão abaixo do esperado, já que nem todos os órgãos que podem ser captados são, de fato, implantados. Diversas causas podem influenciar neste processo, como inviabilidade do órgão, falta de equipe cirúrgica e negativa familiar, especialmente no caso do paciente pediátrico.

Material e Método

Trata-se de uma análise descritiva de dados disponibilizados por uma OPO do Rio Grande do Sul, referentes ao período de 2019 a 2022. Foram considerados órgãos captados os rins direito e esquerdo, pulmões direito e esquerdo, fígado e coração. Os dados foram armazenados com o software Microsoft Excel e analisados com SPSS para estatística.

Resultados

No período em análise, 65 mortes encefálicas pediátricas foram notificadas, sendo 37 (56,9%) em crianças de idade entre 0 e 10 anos e 28 (43,1%) em adolescentes de idade entre 11 e 17 anos. Houveram 31 doadores efetivos, representando 47,7% de taxa de efetividade. Na análise por ano, 2019 teve 14 doadores com 28 órgãos implantados, tendo aproveitamento de 2 órgãos/doador. Em 2020, 4 doadores com 9 órgãos implantados e aproveitamento de 2,3 órgãos/doador, 2021, 5 doadores com 20 órgãos implantados e aproveitamento de 4 órgãos/doador e 2022, 6 doadores com 11 órgãos implantados e aproveitamento de 1,8 órgãos/doador.

Discussão e Conclusões

A análise permite a constatação de que o aproveitamento de órgãos por doadores pediátricos se manteve acima da média do país, que, segundo dados do RBT, esteve entre 2,01 e 2,11, no período analisado. A partir disso, é perceptível que as tomadas de decisão no transplante pediátrico visam o maior aproveitamento possível, de modo que perspectivas similares precisam ser avaliadas e consideradas para a população em geral, visando aumentar os números nacionais de captação.

Palavras Chave

Pediatria, Morte Encefálica, Doador de Órgãos, Efetividade, Transplante