Dados do Trabalho

Título

TRANSPLANTE PULMONAR PEDIATRICO: EXPERIENCIA DE UM CENTRO DE REFERENCIA NO BRASIL

Introdução

O transplante pulmonar pediátrico foi realizado pela primeira vez em 1987, em Toronto. Desde então, apesar de ter se difundido mundialmente, estima-se que apenas 100 transplantes são realizados anualmente.

Material e Método

Nosso objetivo é relatar a experiência de um centro nacional de referência com transplante de pulmão em pacientes pediátricos. Foram incluídos todos os pacientes submetidos a transplante pulmonar pediátrico realizados e avaliado perfil dos receptores, aspectos cirúrgicos e sobrevida.

Resultados

Desde 1999, foram realizados 49 transplantes, sendo 31 com doadores vivos e 18 com doadores cadavéricos. A média de idade dos receptores foi de 11,9 anos, sendo 9,3 anos a média dos realizados com doador cadavérico e 16,1 anos dos intervivos. As doenças de base mais prevalentes foram bronquiolite obliterante e fibrose cística, independente da modalidade de transplante, correspondendo a 77% dos transplantados. Em relação ao transplante pediátrico intervivos, os pais dos receptores foram responsáveis por 83,9% das doações. Foram realizados 2 re-transplantes em pacientes pediátricos, sendo um deles submetido ao transplante intervivos e posteriormente com doador cadavérico e outro ao transplante com doador cadavérico nas duas abordagens. Quanto à sobrevida, a média global é de 378 dias. Verificou-se que a sobrevida em 1 ano foi de 30 pacientes (61%) e em 5 anos de 20 pacientes (40,8%).

Discussão e Conclusões

Nesse contexto, o transplante pulmonar pediátrico se consolida como possibilidade de tratamento de crianças com pneumopatias avançadas. O diagnóstico precoce da doença de base e o encaminhamento imediato para um centro de transplante são fundamentais para que o desfecho seja favorável.

Palavras Chave

transplante de pulmão, pediatria, sobrevida