Dados do Trabalho

Título

HEMANGIOENDOTELIOMA EPITELIOIDE: A IMPORTANCIA DO TRANSPLANTE HEPATICO COMO OPÇAO TERAPEUTICA.

Introdução

O hemangioendotelioma epitelioide hepático (HEEH) é uma neoplasia vascular maligna rara; estima-se que represente menos de 1% de todos os tumores hepáticos primários. Acomete mais adultos jovens, com idades entre 20 e 40 anos, embora também possa ocorrer em crianças. Apresenta comportamento agressivo e tratamento desafiador, sendo que conforme extensão do tumor, o transplante hepático (TH) pode ser indicado como alternativa terapêutica. As casuísticas publicadas sobre o tema são poucas e com casuísticas pequenas; assim, objetivou-se o levantamento sobre a casuística Nacional do TH na presença do HEEH.

Material e Método

Análise retrospectiva dos casos de HEEH submetidos a TH no Brasil, levantados através da Central de Transplantes.

Resultados

Foram levantados 24 casos de pacientes submetidos a TH devido HEEH no Brasil, sendo 11 no estado de São Paulo e 13 nos demais Estados. Foi predominante no sexo feminino, com idade média de 36,8 anos.

Discussão e Conclusões

Na maior parte dos casos o HEEH apresenta-se como grandes tumores e multifocais ao diagnóstico, associado a sobrevida de cerca de 20% em 5 anos. A ressecção cirúrgica beneficia aqueles pacientes com lesões restritas, que não acometem o fígado de maneira difusa. Caso contrário, pode ser empregado o TH, desde que não haja doença extra-hepática, que leva a melhora na sobrevida global e na qualidade de vida dos pacientes, com menor taxa de recorrência associada a outras modalidades terapêuticas. Em conclusão, o TH é uma opção terapêutica para HEEH, apresentando melhores taxas de sobrevida, comparadas a outras modalidades terapêuticas. A identificação precoce da doença e o encaminhamento oportuno para centros especializados podem melhorar os resultados clínicos e a sobrevida dos pacientes.

Palavras Chave

Transplante de Fígado, Hemangioendotelioma Epitelioide; Neoplasias de Tecido Vascular.