Dados do Trabalho

Título

PREVALENCIA DE FRAGILIDADE EM RECEPTORES DE TRANSPLANTE RENAL

Introdução

A qualidade de vida dos transplantados é influenciada por diversos fatores, entre eles a capacidade de responder adequadamente a situações de quebra da homeostase, o que pode ser avaliado através de escalas de fragilidade. O objetivo do estudo é avaliar a presença de fragilidade em transplantados renais e sua relação com qualidade de vida.

Material e Método

Estudo coorte transversal com receptores de transplante renal pelo HIAE PROADI-SUS. A fragilidade foi avaliada pela escala de Edmonton e a qualidade de vida pelo questionário EQ-5D. O índice de comorbidades de Charlson (ICC) foi usado para categorizar os indivíduos de acordo com o número e severidade das comorbidades. A análise estatística foi realizada com o software R.

Resultados

Foram incluídos 105 indivíduos, 43% eram do gênero feminino, 71% hipertensos e 31% diabéticos. 74% foram classificados pré-frágeis e 26% robustos. Não houve diferença entre os grupos quanto ao gênero, diagnóstico de diabetes, pontuação no ICC, esquema imunossupressor inicial, mudanças subsequentes na imunossupressão e nas medianas da idade (robusto 54 anos, IIQ 45-62; pré-frágil 49 anos, IIQ 41-62) e do tempo de transplante (robusto 69 meses, IIQ 30-102; pré-frágil 94 meses, IIQ 52-141). A pontuação na escala Euroqol foi 0,80 no grupo robusto e 0,69 no grupo pré-frágil (p<0,05). A análise multivariada demonstrou uma relação positiva significante entre a pré-fragilidade e as seguintes variáveis independentes: presença de HAS (p=0,046), pontuação EQ-5D (p=0,002) e taxa anual de internação (p=0,018).

Discussão e Conclusões

A frequência do fenótipo de pré-fragilidade foi elevada na amostra estudada. Não encontramos relação entre pré-fragilidade e idade ou severidade de comorbidades. A menor pontuação EQ-5D sugere que transplantados pré-frágeis apresentam uma redução em índice de qualidade de vida.

Palavras Chave

fragilidade, transplante renal, qualidade de vida