Dados do Trabalho

Título

INFLUENCIA DA MANUTENÇAO DO POTENCIAL DOADOR NO APROVEITAMENTO DOS ORGAOS PARA TRANSPLANTE

Introdução

A morte encefálica (ME) é um processo fisiológico associado a diversas alterações orgânicas significativas. Essas alterações, tanto iniciais quanto as tardias, comprometem a perfusão e causam aumento da lesão isquêmica dos órgãos, influenciando na viabilidade/qualidade dos órgãos.
OBJETIVO: Analisar o índice de aproveitamento e recusa dos órgãos ofertados para transplante (Tx), dos doadores de uma Organização de Procura de Órgãos (OPO).

Material e Método

Estudo quantitativo descritivo retrospectivo, incluídos os doadores de órgãos da OPO Escola Paulista de Medicina, no período de janeiro a dezembro de 2022. Dados coletados das bases da OPO e da Central Estadual de Transplantes de São Paulo (CET-SP).

Resultados

Recebemos 635 notificações de potenciais doadores e disponibilizamos 203 doadores. Destes doadores, 57% tiveram causa cerebrovascular de ME, 31% TCE e outras causas 12%. 57% eram do sexo masculino e a idade média foi de 44 anos. Dos órgãos disponibilizados, 15% dos corações, 4% dos pulmões, 15% dos pâncreas, 59% dos fígados e 79% dos rins foram utilizados. A principal causa de recusa pelas equipes foi idade do doador para coração e pâncreas (31% e 49%), alteração laboratorial para pulmão (40%), para o fígado e os rins foi devido alteração morfológica (35% e 62%).

Discussão e Conclusões

Alterações morfológicas e alterações laboratoriais estão relacionadas com a manutenção do doador, predominando a causa de descarte dos pulmões, fígados e rins. Diabetes insipidus, hipernatremia, rabdomiólise, ventilação inadequada, dentre outras alterações podem ocasionar lesões irreversíveis aos órgãos. Melhorar a assistência do doador de órgãos proporciona melhores condições na
viabilização dos órgãos a serem transplantados.

Palavras Chave

Manutenção do potencial doador; Doação de órgãos e tecidos