Dados do Trabalho

Título

EPIDEMIOLOGIA DAS INFECÇOES FUNGICAS INVASIVAS EM TRANSPLANTE PULMONAR

Introdução

Os pacientes submetidos ao transplante pulmonar (TxP) tem maior risco de infecções fúngicas invasivas (IFI) dentre todos os receptores de órgãos sólidos. As IFI aumentam risco de perda do enxerto e mortalidade nessa população.

Material e Método

Revisamos os prontuários dos pacientes TxP entre Janeiro/2010 a Dez/2020. Checamos todas as culturas dos doadores e receptores e resultados de biópsias

Resultados

Dentre os 302 pacientes TxP, 94 (31%) apresentaram 118 episódios de IFI. Vinte e um casos de candidíase invasiva, 86 IFI por fungos filamentosos e 11 casos por leveduras não-Candida. Os casos de candidíase invasiva foram mais precoces (mediana 64 dias) e a Candida parapsilosis foi a mais frequente (33%). Aspergillus spp. foi responsável por 68% das IFI filamentosas e foram mais tardias (mediana 557 dias). Filamentosos acometeram principalmente pulmão: infecção anastomose brônquica, traqueobronquite e pneumonia. As leveduras foram responsáveis pelas IFI extra-pulmonares: candidemia, empiema, meningite e osteomielite. Metade dos pacientes com IFI evoluíram ao óbito, mas não houve diferença de sobrevida entre os pacientes com ou sem IFI na coorte.

Discussão e Conclusões

As IFI elevam a morbi-mortalidade pós-TxP. Entender a epidemiologia das IFI pode colaborar com melhorias nos protocolos de profilaxia bem como diagnóstico e tratamento precoce.

Palavras Chave

infecções fúngicas invasivas, transplante pulmonar, epidemiologia, fungos