Dados do Trabalho

Título

RETINITE POR CITOMEGALOVISUS EM PACIENTE TRANSPLANTADO RENAL

Introdução

A retinite por Citomegalovírus (CMV) é uma das complicações oftalmológicas mais graves em indivíduos transplantados, podendo levar à cegueira irreversível, se não tratada precocemente. É uma manifestação rara da doença invasiva por CMV.

Relato do Caso

HPC, sexo masculino, 59 anos com diagnóstico de DRC secundária a GESF colapsante, tendo recebido corticoterapia, sem resposta, evoluindo com piora progressiva da função renal, iniciando terapia renal substitutiva em janeiro de 2017. Foi submetido a transplante renal com doador falecido em 12/07/2022. Apresentava PRA negativo (classe I e classe II) e 3 mismatcches, sem presença de DSA. A Sorologia para CMV tanto do receptor como do doador era IgG positiva e IgM negativa. Fez indução com Thymoglobulina – 3mg/kg (dose única) e manutenção com Tacrolimus, Sirolimus e Prednisona. Em 22/07/2023 apresentou proteinúria nefrótica, sendo iniciada Plasmeferese, suspenso Sirolimus e iniciado Micofenolato de sódio, com diminuição da proteinúria. Nesta ocasião iniciou profilaxia para CMV com Ganciclovir até outbbro/2022. Em dezembro/2022, quadro de diarréia e epigastralgia, sendo diagnosticado infecção por CMV e tratado para tal. Em maio/2023 surgiram alterações visuais como visão turva e moscas volantes, e o exame de fundo de olho evidenciou escavações e necrose de retina, sugestivas de retinite por CMV. O PCR CMV sanguíneo foi positivo (4.460 cópias).

Resultados

Iniciou tratamento com Ganciclovir, apresentando melhora parcial das alterações visuais com 2 semanas e reversão das lesões da retina ao exame de fundo de olho após 6 semanas de tratamento.

Discussão e Conclusões

O diagnóstico e o tratamento precoces são de extrema importância para o melhor prognóstico visual dos pacientes afetados.

Palavras Chave

Transplante renal; Infecção por Citomegalovirus; Imunossupressão