Dados do Trabalho

Título

FATORES ASSOCIADOS A COMPLICAÇOES E MORTALIDADE APOS O TRANSPLANTE HEPATICO

Introdução

O sucesso do transplante de fígado pode ser limitado por complicações que podem surgir desde o pós-operatório imediato, influenciado pela seriedade da doença pregressa, ou até muitos anos após o transplante. Os principais fatores que levam à morte estão relacionados às complicações agudas e tardias.

Material e Método

Análise de 84 prontuários e pastas do arquivo do local de estudo de pacientes já falecidos que foram submetidos ao transplante hepático entre os anos de 2002 a 2018.

Resultados

A insuficiência renal aguda foi prevalente em 54,8% dos pacientes. Sobre os 50% que sofreram hemorragia, 26,2% apresentaram sangramento abdominal. As complicações respiratórias foram significativas, de modo que muitos pacientes vieram a desenvolver sepse, a qual foi prevalente em 36,9% dos transplantados. Complicações vasculares ocorreram em 19,1%, sendo a trombose de veia porta a principal. Houveram 48,8% de complicações diversas, com destaque para convulsão e choque hipovolêmico com 7,1% cada. A falência de múltiplos órgãos foi a causa de mortalidade mais prevalente (32,5%), os choques séptico e hipovolêmico vieram logo após, com 30% e 7,5%, respectivamente.

Discussão e Conclusões

As principais complicações pós-transplante são: IRA, sangramentos e distúrbios de coagulação, pneumonia e sepse. As principais causas de óbito foram a falência múltipla de órgãos, choques séptico e hipovolêmico. Comorbidades prévias podem ser agravadas quando associadas ao transplante, assim, indica-se que os profissionais de saúde estejam atentos às condições mais prevalentes e importantes que podem influenciar negativamente a sobrevivência dos receptores, além de realizar novos estudos acerca da temática e traçar possíveis estratégias para redução das taxas de complicações em geral.

Palavras Chave

Mortalidade; Transplante de Fígado; Fatores de Risco