Dados do Trabalho

Título

EVOLUÇÃO DAS DOAÇÕES E TRANSPLANTES PÓS-PANDEMIA EM GOIÁS

Introdução

Os avanços tecnológicos e científicos tem colaborado para aumentar o número de transplantes no país, mas o maior obstáculo continua sendo a escassez de órgãos que, durante a pandemia do Coronavírus, agravou-se consideravelmente. Objetivo: Descrever a evolução das doações e dos transplantes de órgãos e tecidos no pós-pandemia de Covid-19, em Goiás.

Material e Método

Foi realizada uma pesquisa descritiva, transversal e retrospectiva, de janeiro de 2019 a dezembro de 2022 na Central Estadual de Transplantes de Goiás.

Resultados

O número de notificações de morte encefálica, em Goiás, no período analisado atingiu sua menor taxa, 42,9 pmp (por milhão de população), em 2020, no auge da pandemia, seguido de um aumento crescente pós-pandemia, chegando a uma taxa de 73,7 pmp em 2022, maior que a taxa brasileira de 61,9 pmp. Quanto à efetivação das doações, Goiás obteve uma taxa média, no período, de 11 pmp e o país de 16 pmp, taxas mantidas mesmo com a pandemia. A taxa média anual de recusa familiar para doação no Estado permaneceu em torno de 60%. Goiás realizou 2.446 transplantes, entre as modalidades córnea, rim, fígado e medula óssea. A média de transplantes realizados no Estado no per e pós-pandemia foi de 500/ano, ainda distante da média pré-pandemia de 800/ano. Sobre a evolução dos transplantes de córneas, a menor taxa atingida foi de 39 pmp em 2020, seguida da média de 57 pmp nos anos subsequentes, longe da taxa pré-pandemia de 77 pmp. Já nos transplantes renais, a taxa média chegou a 28 pmp no início da pandemia e nos últimos dois anos estacionou em 15 pmp.

Discussão e Conclusões

Concluiu-se que no auge da pandemia reduzimos tanto taxas de doações quanto de transplantes de órgãos e tecidos. Apesar da incidência baixa de infecção por Covid-19 no último ano, ainda não conseguimos retornar a números pré-pandemia.

Palavras Chave

Doação de órgãos e tecidos; transplante; pandemia de covid-19