Dados do Trabalho

Título

DISTRIBUIÇAO ESPACIAL E PANORAMA DO PROCESSO DE DOAÇAO DE ORGAOS E TECIDOS NO BRASIL: REFLEXOS DA PANDEMIA COVID-19

Introdução

Analisar o panorama e a distribuição espacial da doação de órgãos e tecidos nas Regiões do Brasil e seus reflexos antes e durante a pandemia COVID-19 .

Material e Método

Estudo epidemiológico, comparativo e descritivo, com dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, agrupados em triênios 2017- 2019 e 2020-2022, para a comparação dos períodos pré-pandemia e pandemia COVID-19, empregou-se o cálculo da variação percentual. A análise espacial se deu por região brasileira. Por se tratar de um estudo com banco de dados de domínio público, dispensou-se apreciação ética.

Resultados

Resultados: na Pandemia das 36.049 notificações, 25.985 (72%) foram não doadores. Houve aumento de 64% de pacientes em lista de espera passando de 37.946 para 52.989 em comparação ao período pré- pandemia, queda no número de doadores efetivos 10.714 (51,4 pmp) para 10.065 (47,1 pmp). Houve aumento da recusa familiar que passou de 40% para 46% na pandemia. A Região Sudeste apresentou a menor taxa de queda de doadores efetivos, Região Sul teve o menor índice de recusas, todas as regiões apresentaram aumento das notificações e lista de espera comparando o período pré pandemia com pandemia.

Discussão e Conclusões

Conclusão: a comparação entre os triênios pré e pandemia apontou aumento no número de notificações, diminuição de doadores efetivos. A queda no número de doadores tem como fator principal as contraindicações clínicas, possivelmente por influência da pandemia da COVID-19 e o aumento da recusa familiar, o que refletiu no aumento significativo da lista de espera por um órgão ou tecido para transplante. Faz-se necessário compreender as causas de não doações para que seja possível criar estratégias de atuação cada vez mais efetivas para a retomada das doações e consequentemente dos transplantes pós pandemia.

Palavras Chave

Doação de Órgãos e Tecidos, COVID-19, Distribuição espacial da população