Dados do Trabalho

Título

ABSCESSO RENAL POR STREPTOCOCCUS AGALACTIAE EM PACIENTE TRANSPLANTADO RENAL: RELATO DE CASO

Introdução

O transplante renal é o tratamento de escolha para a doença renal terminal. Pacientes transplantados, em virtude da imunossupressão, apresentam risco para infecções. O objetivo deste relato é apresentar um caso de abscesso causado por agente não usual.

Relato do Caso

Paciente feminina, 17 anos, doença renal crônica, submetida a transplante renal em 2014, evoluiu com perda do enxerto por rejeição humoral. Em 2019 foi realizado 2° transplante, evoluiu com Diabetes Mellitus de difícil controle. Após dois anos apresentou abaulamento doloroso em região de cicatriz do enxerto. Afebril, PCR 218, urocultura com crescimento de S. Agalactiae, agente identificado em urocultura prévia mas não tratado por não apresentar sintomas. A Tomografia identificou abscesso localizado lateralmente ao enxerto renal medindo 8,6 x 7,5 x 6,6 cm. Submetida a laparotomia para drenagem do abscesso, cultura com crescimento de S. Agalactiae multissensível e coloração pela prata com presença de leveduras. Iniciou Ampicilina-Sulbactam posteriormente descalonado para Amoxicilina com duração de 6 semanas totais e Fluconazol por 3 semanas. Durante este período não apresentou alteração da função renal e manteve seguimento ambulatorial sem intercorrências em nosso serviço.

Resultados

Não se aplica

Discussão e Conclusões

Entre os fatores de risco para abscesso renal em pacientes transplantados renais estão as ITUs e diabetes mellitus. Infecções por S. Agalactiae é cada vez mais reconhecida como causa de doença bacteriana invasiva em adultos, sendo a Diabetes Mellitus um dos principais fatores de risco. Importante em casos como esse é o controle de foco e o tempo prolongado de antibióticos para a cura, além de controle mais rígido dos fatores de risco, como Diabetes.

Palavras Chave

Transplante renal, abscesso renal, Streptococcus agalactiae, diabetes mellitus