Dados do Trabalho

Título

INFECÇAO POR CRYPTOCOCCUS GATTII APOS TRANSPLANTE RENAL

Introdução

Infecções fúngicas, grande causa de morbidade em pacientes transplantados renais, principalmente pela imunossupressão. A criptococose ocorre em 0,8 - 5% dos pacientes transplantados renais, dependendo do grau de imunidade. O trabalho a seguir descreve um caso de lesão cutânea por C. gattii.

Relato do Caso

Masculino, 75 anos, transplantado renal há 16 anos. Apresentou lesão em membro superior esquerdo, crostosa e hiperemiada, realizando biópsia com crescimento de Cryptococcus Gattii. Recebeu alta com fluconazol, porém retornou 15 dias após com piora das lesões, apresentando odor fétido e saída de conteúdo purulento. Optado tratamento com Cefazolina e posteriormente escalado para Vancomicina, Clindamicina e Levofloxacino devido resultado da cultura da ferida demonstrando E. coli ESBL. Apresentou melhora progressiva da lesão após antibioticoterapia, orientado a uso contínuo de Fluconazol 300 mg/dia e cuidados com curativo em Unidade Básica de Saúde.

Resultados

Cryptococcus spp. é um fungo patogênico da classe Blastomycetes, sendo um de seus exemplares o Cryptococcus gattii, responsável por causar a infecção oportunista criptococose. Sua infecção ocorre através do trato respiratório e casos de infecção são raros, principalmente em pacientes recém-transplantados. As lesões cutâneas por criptococose têm sido relatadas de forma primária com maior frequência, embora geralmente sejam secundárias à disseminação hematogênica. O tratamento para as lesões localizadas predominantemente utilizado é o fluconazol, e quando doença disseminada, a anfotericina B.

Discussão e Conclusões

O relato evidencia a importância de ampliar os estudos relacionados a infecções fúngicas em pacientes transplantados renais, com a finalidade de garantir a melhor abordagem diagnóstica e terapêutica, bem como prevenir complicações associadas.

Palavras Chave

Transplante renal
Criptococose
Infecção fúngica