Dados do Trabalho

Título

BIOPSIA DE ENXERTO RENAL COM OTIMIZAÇAO DO TEMPO DE OBSERVAÇAO

Introdução

O transplante renal melhora a sobrevida do paciente com doença renal crônica terminal, porém frequentemente pode evoluir com disfunção do enxerto e necessidade de biópsia, a qual não é isenta de complicações. Alguns serviços exigem tempo de observação de 8 horas ou até internação hospitalar. Nosso objetivo é avaliar se a redução no tempo de observação aumenta o risco de complicações.

Material e Método

Este estudo consiste em uma análise observacional, retrospectiva, de 70 biópsias de enxerto renal realizadas de forma ambulatorial por indicação, em serviço de transplante renal, no período de 01 de janeiro de 2022 a 31 de dezembro de 2022, guiadas por ultrassom. Os critérios de exclusão para o procedimento foram urocultura positiva, distúrbios de coagulação e pressão arterial sistólica > 180mmHg e/ou pressão arterial diastólica > 120mmHg. Todos foram submetidos a repouso absoluto de 4 horas.

Resultados

A média de idade no dia da biópsia foi de 46,4 anos. Apenas uma biópsia foi realizada com agulha 16, o restante com 18. Das 70 biópsias, 11 pacientes (15,71%) apresentaram complicações: 9 com hematúria macroscópica (12,85%), 1 (1,42%) com hematúria macroscópica e Pielonefrite, e 1 (1,42%) hematoma perienxerto. Com relação às complicações maiores, nenhum paciente necessitou de transfusão sanguínea, intervenção cirúrgica ou evoluiu a óbito.

Discussão e Conclusões

No nosso serviço, obtivemos uma taxa de complicações menores semelhante à relatada na literatura (que pode chegar até 17%). A taxa de complicações maiores, entretanto, foi ainda menor, pois não tivemos nenhuma (sendo que a literatura chega a relatar 4%). Por isso, acreditamos ser seguro um tempo menor de observação após o procedimento.

Palavras Chave

biópsia de enxerto renal, tempo de observação, complicações menores, complicações maiores

Área

RIM - Complicações