Dados do Trabalho

Título

REABILITAÇAO EM PACIENTE TRANSPLANTADO RENAL PORTADOR DE DPOC E POLINEUROPATIA DO DOENTE CRITICO APOS TEMPO PROLONGADO DE VENTILAÇAO MECANICA

Introdução

A FMAUTI está associada a tempo prolongado de VM, imobilismo e inatividade no leito. Os pacientes portadores de DPOC apresentam intolerância a exercício e, associados a internação prolongada, necessitam de um acompanhamento e um processo de reabilitação precoce.

Relato do Caso

Revisão retrospectiva de prontuário

Resultados

TRS, sexo masculino, 61 anos, transplantado renal doador falecido. Internado por piora de dispneia, tosse seca e anasarca. Antecedentes de HAS, DPOC, ICC, DLP, DM e obesidade. Iniciou VMNI devido IRpA, porém com resposta insatisfatória e necessidade de IOT. Permaneceu intubado por 5 dias, após EOT evoluiu com PCR e re-IOT. Foi submetido à TQT e iniciado desmame ventilatório. O processo de reabilitação teve início na UTI com treino de controle de tronco e cervical, transferências, sedestação em poltrona, treino de sentar e levantar, cicloergômetro de MMII e fortalecimento muscular. Foi decanulado após 116 dias de TQT. Neste período apresentou piora progressiva da função do enxerto renal com necessidade de hemodiálise e decretada perda do enxerto.

Discussão e Conclusões

A mobilização precoce em pacientes sob VM é essencial para reversão da fraqueza muscular periférica, preservação da musculatura, melhora da capacidade funcional e redução da incidência de complicações pulmonares. O uso da VMNI durante o exercício melhorou a troca gasosa, reduziu o trabalho respiratório e mostrou eficácia no processo de reabilitação. Embora novos estudos ainda se façam necessários para a implementação de protocolo para reabilitação em pacientes transplantados renais portadores de DPOC, a literatura atual demonstra a importância da fisioterapia no processo de reabilitação, melhora da funcionalidade e qualidade de vida desses pacientes.

Palavras Chave

Transplante renal, DPOC, IRpA, FMAUTI, Reabilitação