Dados do Trabalho

Título

TRANSPLANTE RENAL ORTOTOPICO EM PACIENTE COM TRANSPLANTE RENAL PREVIO: RELATO DE CASO

Introdução

O transplante renal é o tratamento de escolha para a doença renal crônica em estágio terminal, pois garante aos pacientes melhor qualidade de vida que a hemodiálise. A técnica cirúrgica mais difundida é o transplante renal heterotópico em uma das fossas ilíacas. Quando não é possível realizar o implante do enxerto em uma das fossas, faz-se necessário escolher outra via.

Relato do Caso

Paciente submetido a transplante renal de doador falecido em 2021, com perda do enxerto após 1 mês por estenose de artéria com pseudoaneurisma, não responsivo ao uso de stent. Compatível com novo rim em jun/23. Apresentava angioTC com aterosclerose nos vasos ilíacos, inviabilizando o uso das fossas.

Resultados

Submetido a transplante ortotópico com incisão subcostal esquerda, por via transperitoneal. Nefrectomia esquerda realizada no mesmo tempo cirúrgico. Realizadas anastomoses T-T em artéria renal primitiva e veia renal primitiva. Anastomose ureteral realizada à nível do ureter médio, com colocação de cateter duplo J. TIF de 17h. No pós operatório imediato o débito urinário ficou acima de 1000mL. No quarto dia pós operatório as escórias nitrogenadas iniciaram queda. O paciente recebeu alta no sétimo dia, com boa função do enxerto. Programada retirada do cateter duplo J para 30 dias após o procedimento.

Discussão e Conclusões

O transplante renal ortotópico possui duas etapas: nefrectomia e implante do enxerto. O acesso pode ser por lombotomia, incisão subcostal ou mediana. Nas séries da literatura, o transplante ortotópico está relacionado com maior índice de complicações urinárias, relacionada com desvascularização do ureter na dissecção. Contudo, os resultados de função do enxerto são semelhantes, garantindo segurança a esta técnica cirúrgica.

Palavras Chave

transplante renal ortotópico