Dados do Trabalho

Título

ASPERGILOSE ENCEFALICA INTRA-AXIAL EM PACIENTE POS TRANSPLANTE CARDIACO COM REJEIÇAO CRONICA INCIPIENTE: RELATO DE CASO

Introdução

Rejeições de transplantes de órgãos são frequentes, e a terapia com imunossupressores visa mitigar esse problema. Porém, essa abordagem reduz a imunidade do paciente e torna-o propenso a infecções fúngicas por Aspergillus. Estima-se que até 15% dos receptores de órgãos sólidos sejam afetados por Aspergillus. Além disso, cerca de 74% a 92% dos casos resultam em óbito, o que evidencia a relevância da análise deste tema. O objetivo desse trabalho é relatar o caso clínico de paciente com aspergilose encefálica pós-transplante cardíaco.

Relato do Caso

Revisão de bibliografias nas bases de dados PubMed e Capes, com termos "aspergilose", "transplante cardíaco" e "encéfalo" e posterior comparação ao relato de caso, o qual foi descrito a partir da coleta de dados clínicos do paciente.

Resultados

A aspergilose invasiva do sistema nervoso central é comum em transplantados e a principal via de entrada é a inalação. A incidência varia de 1,6% a 14% em transplante cardíaco, além de revelar alta mortalidade. J.B., 58 anos, transplantado cardíaco em uso de tacrolimus, apresentou sintomas neurológicos e lesões encefálicas compatíveis com aspergilose. Biópsia endomiocárdica revelou rejeição cardíaca aguda. Tratamento com voriconazol e aumento da dose de imunossupressor.

Discussão e Conclusões

A prevenção da aspergilose requer identificação dos pacientes de risco e manejo ambiental adequado. A profilaxia antifúngica pode reduzir sua incidência. Voriconazol é o fármaco recomendado, devido à distribuição no cérebro e nos olhos. Testes não invasivos, como detecção de galactomanana, ajudam no diagnóstico. Portanto, a aspergilose invasiva é um desafio para os transplantados cardíacos. Medidas de intervenção são essenciais para reduzir a morbidade e a mortalidade ligada a essa infecção fúngica.

Palavras Chave

"aspergilose", "transplante cardíaco" e "encéfalo".