Dados do Trabalho

Título

MODELO HIBRIDO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM NO AMBULATORIO DE TRANSPLANTE RENAL DURANTE A PANDEMIA

Introdução

A consulta de enfermagem tem entre os objetivos auxiliar na educação do paciente e estimular a adesão à terapia, buscando a redução de complicações e reinternações. Devido a pandemia, o modelo híbrido de atendimento (telemedicina alternado com presencial) foi adotado como estratégia na redução da exposição dos pacientes imunossupressos ao ambiente hospitalar. O estudo tem como objetivo avaliar a adequação das consultas de enfermagem no modelo híbrido frente a ocorrência de reinternações, perda da função renal e óbitos no primeiro semestre pós transplante renal.

Material e Método

Estudo de coorte observatório. Grupo controle: pacientes transplantados renais entre os meses de março a novembro de 2019 e; Grupo híbrido: pacientes transplantados entre março de 2020 e 2022, em um hospital universitário da região sul do Brasil. Foram excluídos pacientes com transplantes de múltiplos órgãos e os que foram a óbito ou tiveram perda da função renal antes da primeira alta.

Resultados

No grupo controle (n=83), 50% eram homens com idade média de 48,21 anos (± 14,58) e realizaram 4,40 consultas presenciais. Nos pacientes do modelo híbrido (n=78), 74% eram homens com idade média de 48,56 anos (± 14,11) e média de 3,39 consultas presenciais e 2,33 tele atendimentos. Não ocorreram perdas de função e óbitos em ambos grupos. Em relação a frequência de reinternações, não houve diferença entre os grupos (1,06 vs 1,06), sendo infecção a causa principal de reinternação em ambos os grupos.

Discussão e Conclusões

A modalidade híbrida se mostrou segura, não sendo diferente das consultas presenciais para os desfechos analisados. Esta modalidade instituída na pandemia pode ser uma estratégia viável de atendimento de enfermagem, especialmente para pacientes vulneráveis e de longas distâncias.

Palavras Chave

transplante de rim; enfermagem no consultório; educação de pacientes