Dados do Trabalho

Título

A ATUAÇAO DO PSICOLOGO JUNTO A FAMILIA POTENCIALMENTE DOADORA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES

Introdução

O presente trabalho, motivado pela atuação da psicologia junto à equipe da OPO/CIHDOTT do Hospital São José do Avaí em Itaperuna-RJ, visa lançar luz aos desafios e possibilidades deste campo.

Material e Método

A partir dos registros dos atendimentos prestados às famílias potencialmente doadoras – a saber, após o fechamento do protocolo de morte encefálica até o desfecho (aceite ou negativa) -, de janeiro a dezembro de 2022, realizamos esta pesquisa tendo como método o uso do diário de campo.

Resultados

Com base nas notificações realizadas pela OPO de Itaperuna, vinculada ao PET-RJ, foram registrados 35 casos de morte encefálica no período supracitado. Dentre eles, foi realizada a captação em 10 casos e houve negativa em 7 deles. Em 19 situações, houve a exclusão por diferentes critérios.

Discussão e Conclusões

Corroborando dados da literatura (Carlos & Rocha, 2019; Coelho & Silva, 2012), os achados apontam para os seguintes desafios: o paradoxo em jogo nas situações de ME, em que a morte é comunicada quando ainda há batimentos cardíacos; e a escuta dos familiares que pode estar comprometida em função do forte impacto emocional. Diante deste contexto, há, por um lado, uma demanda de agilidade para realização dos procedimentos em função de aspectos técnicos e, por outro, necessidade de cautela diante da importância de acompanhar e favorecer o processo de elaboração por parte dos familiares. Assim, para que o acolhimento seja realizado de maneira efetiva, as habilidades do psicólogo são de grande valia para auxiliar no cuidado ao luto, ofertar suporte para contribuir com a melhor tomada de decisão e ajudar no processo comunicativo, mediando a relação família-equipe.

Palavras Chave

Transplante de Órgãos; Psicologia Hospitalar; Acolhimento; Comunicação.