Dados do Trabalho

Título

ACOMPANHAMENTO LONGITUDINAL DIANTE DO PROTOCOLO DE ME: IMPACTOS DA ASSISTENCIA PSICOLOGICA AS FAMILIAS

Introdução

A atuação do psicólogo junto a equipe da OPO/CIHDOTT pode contribuir com a jornada do paciente e de sua família nos diferentes momentos vivenciados durante o período de hospitalização. Para tanto, o acolhimento e a escuta se tornam peças fundamentais nesta travessia.

Material e Método

No presente trabalho, serão avaliados os dados extraídos a partir dos registros de notificações de morte encefálica (ME) da OPO do Hospital São José do Avaí (Itaperuna-RJ).

Resultados

Entre setembro/2022 a março/2023, o Serviço de Psicologia Hospitalar pôde prestar assistência em oito casos em que houve a notificação e posterior abertura de protocolo de ME. Em relação aos desfechos, tivemos o seguinte panorama: dois casos foram excluídos em função de condições impeditivas à doação; em um caso, houve negativa por parte da família quanto a captação e, em cinco deles, o núcleo familiar foi favorável à doação de órgãos e tecidos. Ao analisarmos os dados, verificamos que, dentre os casos em que foi possível a realização do acompanhamento longitudinal – a saber, no decorrer de todo processo, desde a admissão, passando pela suspeita de ME até a confirmação e delineamento do desfecho -, todas as famílias consentiram com a doação.

Discussão e Conclusões

Com base em nossos achados, concluímos que a atuação do psicólogo hospitalar pode impactar de maneira significativa no cuidado prestado às famílias neste contexto, durante toda sua jornada na instituição. Suas contribuições vão desde o favorecimento da compreensão acerca da irreversibilidade do quadro; o acolhimento durante as visitas; o esclarecimento de dúvidas até o favorecimento do processo decisório, que pode contribuir com o consentimento em torno da doação.

Palavras Chave

Transplante de órgãos; Psicologia Hospitalar; Família; Acolhimento.