Dados do Trabalho

Título

DESAFIOS NO DIAGNOSTICO E MANEJO DA HISTOPLASMOSE EM PACIENTES POS-TRANSPLANTE HEPATICO: UMA ANALISE BASEADA EM CASO CLINICO

Introdução

A histoplasmose, uma infecção fúngica oportunista rara, porém de elevada relevância clínica em pacientes pós transplante hepático devido à sua potencial gravidade e complexidade diagnóstica. Este relato tem como objetivo expor um caso de histoplasmose hepática em um paciente submetido a transplante hepático.

Relato do Caso

Paciente masculino de 51 anos, diagnosticado com hepatopatia crônica e hepatite C Gen 1A, foi submetido a um transplante hepático em janeiro de 2021. Após a observação de alterações persistentes nas enzimas hepáticas e a realização de várias biópsias, a histoplasmose hepática foi diagnosticada

Resultados

No pós operatório o paciente evoluiu com síndrome colestática. Em agosto de 2022, após investigações clínicas e biópsias hepáticas repetidas, confirmou-se a histoplasmose hepática. O paciente foi tratado para essa condição, mas enfrentou várias complicações adicionais, incluindo infecções secundárias e choque séptico. O acúmulo desses eventos adversos culminou em seu óbito em março de 2023

Discussão e Conclusões

Neste relato de caso, ressalta-se a importância de considerar a histoplasmose em pacientes pós-transplante que apresentem alterações hepáticas persistentes e inexplicáveis. A histoplasmose é responsável por menos de 5% de todas as infecções fúngicas invasivas em transplantados de órgão sólidos, mas suas consequências podem ser gravíssimas, com mortalidade de cerca de 10% mesmo nos pacientes que recebem o tratamento adequado. É necessário alta suspeita clínica visto que a manifestação inicial é inespecífica, o que gera atraso no diagnóstico . O relato de caso propõe chamar atenção para essa infecção oportunista em transplantados e revisar a literatura sobre o tema.

Palavras Chave

Transplantes; transplante de figado; histoplasmose;

Área

FÍGADO – Complicações