Dados do Trabalho

Título

TRANSPLANTE DE FÍGADO PELO SUS NO BRASIL ENTRE 2010 e 2021: SOBREVIDA DE 30 DIAS

Introdução

O sucesso do transplante hepático está relacionado à gravidade das condições subjacentes que influenciam na sobrevida após a cirurgia. Dessa forma, está pesquisa visa investigar a taxa de transplante de fígado no Brasil entre os anos de 2010 e 2021 e avaliar sua relação com a sobrevida dos pacientes.

Material e Método

Trata-se de um estudo epidemiológico, observacional, analítico do tipo coorte não concorrente, com dados obtidos do Sistema de Informações Hospitalares referentes a hospitalizações em maiores de idade.

Resultados

Em 11 anos foram realizados 17.254 transplantes de fígado, à um custo de R$ 1.657.439.379,00 financiado pelo SUS em pacientes com idade média de 53,78 anos a uma taxa de letalidade de 12,29%. O sexo feminino apresentou sobrevida menor que pacientes do sexo masculino. Quanto a doença de base os pacientes sem diagnóstico de insuficiência hepática apresentaram sobrevida de 86,4%, por outro lado os portadores de insuficiência hepática sobrevida de 81,7%.

Discussão e Conclusões

No período de 2010 e 2015 ocorreu maior prevalência de órgãos provenientes de doadores vivos, mas entre 2016 e 2021 predominou os doadores falecidos, porém não houve diferença significativa na sobrevida quanto ao tipo de doador. Outrossim, as mulheres na pós-menopausa enfrentam redução nos níveis de estrogênio, aumentando o risco de desenvolver fibrose após o transplante hepático, impactando negativamente na sobrevida. Destarte, a encefalopatia hepática, uma complicação grave da insuficiência hepática aguda, associa-se ao menor sucesso no pré e pós-operatório do transplante, resultando em complicações adicionais. Portanto, a insuficiência hepática é uma condição subjacente que apresenta alto risco de progredir para estágios mais graves, o que justifica sua priorização na lista de transplantes.

Palavras Chave

doador de órgão, transplante de fígado, epidemiologia