Dados do Trabalho

Título

VARIABILIDADE DE NIVEL SERICO DE INIBIDORES DE CALCINEURINA COMO MARCADOR DE EFETIVIDADE DE EDUCAÇAO FARMACEUTICA EM PACIENTES TRANSPLANTADOS DE ORGAOS SOLIDOS

Introdução

A adequada adesão medicamentosa está associada a melhora nas taxas de sobrevida pós-transplante. A educação do paciente faz parte das atividades fundamentais deste processo, no entanto medir a sua efetividade ainda é um desafio. A variabilidade de níveis séricos (NS) de inibidores de calcineurina (ICN) pode ser utilizada como estratégia de inferência quanto à correta administração da farmacoterapia.Neste trabalho, buscamos Verificar o impacto da educação e seguimento farmacêutico na conformidade do NS dos ICN em pacientes transplantados pulmonares (TXP) e hepáticos (TXH) em 1 ano pós transplante.

Material e Método

Estudo retrospectivo com pacientes TXH e TXP entre 2018 a 2020. O índice de variação de ICN da internação índice foi utilizado para avaliar a conformidade do uso de ICN na 1ª consulta ambulatorial e 1 ano pós transplante de forma individualizada, considerados conformes valores dentro do desvio padrão. Por rotina, os pacientes do TXP receberam seguimento com farmacêutico no ambulatório, enquanto o TXH seguem o acompanhamento ambulatorial somente com equipe médica.

Resultados

64 pacientes foram incluídos (45 TXH e 19 TXP). 42,22% dos TXH e 47,37% dos TXP não possuíam o NS conforme na 1ª consulta pós-alta. Após 1 ano do transplante o NS alvo foi atingido em 63,16% e 77,78% respectivamente.

Discussão e Conclusões

A conformidade do NS na 1ª consulta ambulatorial foi observada somente em metade dos pacientes, o dado sugere que o grande número de informações, o estresse pós-cirúrgico, capacidade cognitiva e psicológica pode comprometer o entendimento do paciente. Após 1 ano de transplante observou-se maior adequação de NS de ICN naqueles pacientes acompanhados ambulatorialmente pelo farmacêutico reforçando a importância do atendimento multidisciplinar como contribuinte para melhores resultados clínicos

Palavras Chave

Farmácia clínica, imunossupressor, adesão