Dados do Trabalho

Título

Relato de caso: Trombose arterial precoce pós transplante hepático com tratamento conservador

Introdução

A trombose da artéria hepática no transplante de fígado incide em 2-9% entre adultos e constitui a complicação vascular grave. A maior parte necessita de re-transplante, exceções podem ser tratados conservadoramente. Assim, objetiva-se relatar o caso de paciente submetida a transplante hepático e evolução para trombose de artéria hepática sem comprometimento do enxerto.

Relato do Caso

Paciente feminina, 34 anos, portadora de hepatite auto-imune, submetida a transplante hepático de doador falecido. No intra-operatório, achado de doença arterial grave em artéria hepática, tronco celíaco e artéria esplênica - optado por jump graft com artéria ilíaca do doador em aorta infra-renal. No 1º pós-operatório (PO), foi realizado angiotomografia de abdômen para avaliação de bypass arterial com ausência de fluxo. Submetida a reabordagem com trombose de terço distal do jump graft. Realizado trombectomia do segmento e reanastomose. No 4o PO, ultrassonografia Doppler mostrou fluxo arterial adequado, porém, no 6º PO, novo exame demonstrou trombose arterial. Relistada para retransplante, sem doador compatível por 10 dias - paciente manteve bom funcionamento do enxerto hepático, com enzimas hepáticas normais e recebeu alta hospitalar no 22º PO. No seguimento ambulatorial, seguiu assintomática e com exames laboratoriais estáveis.

Resultados

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Discussão e Conclusões

A trombose de artéria hepática é uma complicação do pós-transplante hepático e 50% dos casos ocorrem nos primeiros 30 dias. Entre os fatores de risco para trombose arterial estão o número de anastomoses arteriais, baixo peso do doador, história prévia de HAT, idade do receptor abaixo de 50 anos e tempo de isquemia fria, porém a taxa de sobrevida com bom funcionamento do enxerto sem retransplante está ao redor de 10-15% dos casos.

Palavras Chave

Transplante de figado; trombose; traramento conservador