Dados do Trabalho

Título

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE POTENCIAIS DOADORES DE ÓRGÃOS E TECIDOS POR MORTE ENCEFÁLICA EM MATO GROSSO DO SUL

Introdução

Nas últimas décadas os procedimentos de transplantes aumentaram exponencialmente em todo o mundo. O Brasil investiu na oferta de serviços de transplantes e se tornou o segundo país do mundo que mais realiza tais procedimentos. Objetivou-se analisar os aspectos epidemiológicos dos potenciais doadores de órgãos e tecidos em morte encefálica no estado de Mato Grosso do Sul.

Material e Método

Estudo epidemiológico, descritivo e analítico, dos potenciais doadores de órgãos e tecidos em um serviço de referência em Campo Grande/MS. Os dados coletados são referentes aos pacientes atendidos pelo serviço estudado num recorte temporal de quatro anos (2016 a 2019).

Resultados

Foram analisados 2.000 prontuários para identificação dos potenciais doadores a partir do diagnóstico de óbito, com identificação de 70 prontuários que atenderam aos critérios de inclusão e exclusão adotados. Do total analisado, a maior parte (72,86%) era do sexo masculino, com idade acima de 50 anos (57,14%), casados (37,14%), com ensino fundamental incompleto (59,27%) e internados na UTI (58,57%). O principal diagnóstico médico dos potenciais doadores foi o Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico (50,00%), com diagnóstico de morte encefálica confirmado por meio de imagem por doppler transcraniano (91,05%). Dentre os motivos de recusa, destacaram-se as recusas clínicas (42,65%) e as recusas familiares (57,35%), com atenção para a justificativa de manutenção do corpo íntegro (20,59%).

Discussão e Conclusões

As principais perdas foram por recusas familiares, em grande parte por desconhecimento do processo, bem como pelo desconhecimento do processo diagnóstico de morte encefálica, vontade dos potenciais doadores em vida e pela manutenção da integridade do corpo.

Palavras Chave

Morte Encefálica; Transplante, Obtenção de tecidos e órgãos, Doadores de tecido, Enfermagem.