Dados do Trabalho
Título
UM PROTOCOLO DE PRODUÇAO DE COLIRIOS DE SORO ALOGENICO E HETEROLOGO PARA SINDROME DE OLHO SECO EM CAES
Introdução
A síndrome do olho seco é uma doença multifatorial da lágrima e da superfície ocular tanto em cães, como em humanos (Lin et al., 2018). Em humanos, o soro autólogo (SA) tem sido aplicado para tratar CCS refratária por várias décadas, o soro possui componentes semelhantes às lágrimas naturais que ajustam a proliferação, diferenciação e maturação de células epiteliais corneana e conjuntival (Lin et al., 2018). O SA ou homólogo também é utilizado há muitos anos na oftalmologia veterinária em ceratomalácias (Dees et al., 2021).
Métodos
Foi selecionado um canino de grande porte (acima de 28kg) hígido para doação de 450mL de sangue e posterior fabricação de colírios de soro alogênico (SAL), e também um equino hígido para doação de 450mL de sangue e fabricação dos colírios de soro heterólogo (SHT), ambos foram coletados no Hospital de Clínicas Veterinárias/UFRGS.
O sangue foi colhido em bolsa de sangue de transferência sem anticoagulante e mantido e transportado em caixa de transporte com temperatura de 0 a 10°C até o Banco de Tecidos no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), onde foi realizado a transferência do sangue em tubos falcons estéreis em capela de fluxo laminar. Após foi realizado banho maria dos tubos falcons por submersão a 37°C por 1 hora e depois mantidos a temperatura ambiente em bancada de 20 a 24°C por 1 hora e por fim os tubos foram mantidos em overnight por 12 horas em temperatura de 4°C. Após o overnight os tubos falcons foram centrifugados a 5000rpm por 40 minutos a 22°C. Após a centrifugação foram transportados até a capela de fluxo laminar, onde foi separado o soro sanguíneo e foi diluído em solução fisiológica NaCl 0,9% a 20% com uso de EPI’s para proteção do manipulador e também para que não houvesse contaminação da amostra. O soro preparado foi fracionado e envasado nos frascos estéreis de colírio de SAL e SHT.
Os colírios de soro foram armazenados e congelados e serão disponibilizados aos tutores de cães com síndrome do olho seco e serão avaliados os resultados (Fluxograma 1).
Resultados
Foram produzidos 660 colírios de SAL e SHT (330 cada) e encaminhadas 5 frascos de colírios de cada grupo para um teste de esterilidade.
Conclusões
Os colírios de SAL e SHT obtiveram ausência de microorganismos viáveis, estando aptos a serem distribuídos para cães com síndrome do olho seco.
Palavras Chave
olho seco, cães, soro sanguíneo
Arquivos
Área
DOENÇAS EXTERNAS OCULARES E CÓRNEA
Categoria
ALUNO DE PÓS GRADUAÇÃO (MESTRADO OU DOUTORADO)
Instituições
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Rio Grande do Sul - Brasil
Autores
ERIC ORLANDO BARBOSA MOMESSO, CLAUDETE INÊS LOCATELLI CLOCATELLI, EDUARDO BRITTES ROTT, DIANE RUSCHEL MARINHO