Dados do Trabalho

Título

INFLUENCIA DA LESAO DE PRESERVAÇAO POS REPERFUSAO NA MORTALIDADE DE PACIENTES SUBMETIDOS A TRANSPLANTE HEPATICO.

Introdução

O transplante hepático (TH) é uma opção terapêutica para doença hepática terminal que pode evoluir com complicações precoces. A captação, armazenamento e implante do fígado gera um processo de lesão celular de isquemia-reperfusão, cuja severidade se relaciona a piores desfechos. A Lesão de preservação (LP) é uma forma severa de lesão de isquemia-reperfusão, que ocorre durante o TH de doadores falecidos e contribui para complicações precoces. A disfunção do enxerto, seja o não funcionamento primário ou a disfunção precoce, são condições graves que colocam em risco a viabilidade do enxerto e a vida do receptor. Assim, objetivou-se analisar as biópsias pós reperfusão, quanto as LP e correlacionar os achados com sobrevida dos pacientes transplantados.

Material e Método

Trata-se de estudo de coorte, retrospectivo, baseado na revisão dos prontuários de pacientes submetidos a TH no Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas entre 2008 e 2018.

Resultados

Foram avaliadas as biópsias pós reperfusão de 353 pacientes submetidos a TH no período analisado, sendo 38 casos de LP grau 1; 77 LP grau 2; 97 LP grau 3; e 141 LP grau 4. O grupo de pacientes com alta mortalidade precoce, apresentava uma incidência maior de LP 3 e 4, sendo que nos casos com sobrevida de até 7 dias 53,7% dos casos eram de LP grau 4 e 26,9% de grau 3, representando 80% dos casos. O mesmo ocorre com paciente com mortalidade de até 30 dias: 46,4% apresentam lesão de preservação grau 4 e 28,5% grau 3 (74,9% do total).

Discussão e Conclusões

O achado de LP graus 3 e 4 mostrou-se relacionado com o aumento da mortalidade precoce de pacientes submetidos a TH em nosso serviço.

Palavras Chave

Transplante de Fígado; Traumatismo por Reperfusão; Cirrose Hepática